Sabe-se que o custo da energia no Brasil está num patamar bastante elevado e
que a tendência, num médio espaço de tempo, é aumentar ainda mais. Esta
afirmativa, por si só, já seria motivo para nos preocuparmos com os sistemas de
climatização espalhados pelo mundo afora, visto que eles representam entre 20 e
25% da energia consumida no planeta, ou entre 40 e 50% da
energia utilizada pelos edifícios.
Não seria necessário, neste primeiro momento, discutirmos a
composição de nossa atual matriz energética, sua tendência de modificação, nem
tão pouco contar com o potencial técnico de nosso país na conservação de
energia elétrica, face à falta de políticas públicas fortes e concretas
caminhando neste sentido no Brasil.
Nosso foco então seria na racionalização de energia, aliada
ao processo recorrente e crescente de construções sustentáveis. Vale dizer que
existe um movimento caminhando neste sentido, tentando reduzir o consumo de energia elétrica em edificações,
onde os principais focos de consumo são a climatização e a iluminação. As
envoltórias destes prédios também devem ser bem estudadas, visto que estão
diretamente ligadas aos sistemas consumidores.
O primeiro passo para alcançarmos esse objetivo de economia
de energia seria a execução de projetos racionais e eficientes do ponto de
vista energético, prática essa não tão difícil pelo fato de possuirmos
profissionais capacitados na área de engenharia de projetos.
De uma maneira geral, um projeto ideal teria de ter baixo
consumo de capital, energia e água, reutilização de energia, sustentabilidade
ambiental e confiabilidade inerente. Já para o um projeto específico de
climatização, o Departamento Nacional de Empresas Projetistas e Consultores
(DNPC) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar-condicionado, Ventilação e
Aquecimento (ABRAVA), faz alerta sobre a importância do projeto de um sistema
de ar condicionado quando observado o “ar frio” e a “qualidade do ambiente”.
Um sistema de climatização, corretamente dimensionado, apresenta quatro itens básicos
para um bom funcionamento e uma boa qualidade do ar que, juntos, garantem a “saúde” do
ambiente. São eles: controle de temperatura, umidade, difusão e renovação do
ar. Há um consenso que, para se obter um resultado satisfatório num projeto, é
necessário contratar profissionais e empresas competentes, experientes
e que trabalhem à luz das normas técnicas vigentes, a fim de se obter um
resultado positivo, com boa qualidade do ar interior, com cuidados especiais em eficiência energética e boa funcionalidade, sem no
entanto deixar de promover o principal objetivo de um projeto de climatização,
que é o conforto térmico dos usuários.
Dentro do contexto, existem várias estratégias para reduzir
o consumo de energia e conceber um sistema eficiente. Entre elas estão a
escolha do tipo de sistema de climatização adequado, a adoção de equipamentos eficientes, controles para evitar operações
desnecessárias de equipamentos, distribuição de ar e água em vazão variável,
circuito hidráulico com balanceamento e sistema automatizado e integrado ao
gerenciamento predial.
Por fim, é bom ressaltar que somente a qualidade do projeto
é insuficiente para se atingir um bom desempenho numa edificação. A fase
anterior ao projeto, que é o planejamento, e as fases posteriores a ele, que
são a obra, o comissionamento, os pré-testes e a manutenção, também são
importantes e fazem parte de uma sequência lógica de um empreendimento
bem-conceituado e executado.
Por Francisco Pimenta
fonte: webarcondicionado.com.br
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